Os eventos nasceram da socialização humana, a partir do momento em que as pessoas se aproximaram umas das outras, formando os primeiros aglomerados urbanos. Aos poucos, foram se revestindo de atos cerimoniais fixos, que lhes ressaltavam a importância e até mesmo a beleza. Neste contexto, como momento especial e detalhe de forte significação, vamos encontrar, em cada cerimonial e evento, a força do rito enquanto retomada de raízes culturais, celebração de verdades presentes nas tradições, reverência aos valores comuns. O rito* se firmou, ao longo do tempo, como o fator de mais profundo significado em cada Cerimonial, ainda que protocolar, conferindo aos eventos maior brilho e mais impacto social.
Quando fundamos a Agenda 4 Eventos, ressaltamos: “Um evento pode ser simples ou sofisticado. Pode agradar ou não. Pode ser logo esquecido, ou sempre provocar boas lembranças. Não é o evento, em si, que se torna bom ou ruim, mas a maneira de organizá-lo. O modo de dar-lhe ritmo. A arte de ressaltar-lhe cada detalhe. O planejamento correto, a montagem eficaz, a coordenação segura e o cerimonial equilibrado é que tornam um evento agradável e marcante”.
Era um texto simples, que expressava minha preocupação fundamental com os detalhes. Passaram-se mais de 25 anos e os eventos exigem ser planejados seguindo uma ordem, hoje de forma mais inovadora, com inclusão de mais atividades que gerem experiências, além de conteúdo. Mas os detalhes sempre permanecem e surpreendem as pessoas.
Evento é o fato, o acontecimento, que traz características de produto a ser “vendido” a determinado público. Nele e por ele é que se lança mão de ações conceituais, para que tenha brilho e atinja, de maneira, eficaz, os objetivos estratégicos. Francisco de Melo Neto (1999) ressalta essa realidade: “O bom evento é algo inusitado, inovador e desafiante. Uma oportunidade de vivenciar algo realmente diferente, pois somente desta forma o público vai dele participar”. Por isso mesmo, insere-se necessariamente aqui outro conceito: o de cerimonial, parte indissociável de um evento, vindo do Latim “caerimoniale”, e que significa o conjunto de formalidades que se deve seguir em uma cerimônia, as regras e normas que regem a sequência lógica dos atos a serem praticados.
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*O rito é o detalhe essencialmente capaz de gerar empatia entre o evento e seu público, fim último de tudo que, nesta área de Relações Públicas, se busca. É preciso, assim, destacar, sempre mais, a força e a importância do rito, no contexto dos cerimoniais e no decorrer de qualquer evento. Sua ausência apequena o evento. Sua luz o engrandece.
[Resumo e alguns trechos de um TCC que apresentei (Cândida Dias) na Pós-Graduação de Eventos]
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eventos,rito,cerimonial,Rela��es P�blicas
Sobre os Autores
C�ndida Dias
J� na inf�ncia despertou para o mundo dos eventos. Muito preparo e ideias para as festinhas. Na adolesc�ncia trabalhando e estudando no col�gio Ateneu Dom Bosco em Goi�nia se aproximou do contato com as pessoas, com os eventos escolares e trabalhou como assistente de Biblioteca (aprendeu o sentido de organiza��o) e assim foi natural buscar um curso que se trabalha com pessoas, com comunica��o e integra��o de p�blicos (os stakeholders). Foi assim que buscou o mundo corporativo, mas na organiza��o de eventos. Graduada em Rela��es P�blicas, Designer de Eventos pela Event Desing Collective, com p�s-gradua��o em Planejamento de Eventos e Log�stica, e MBA em Estrat�gia Publicit�ria e Comunica��o Empresarial. S�cia-fundadora da Agenda4 Eventos, atua h� 25 anos na gest�o de Eventos, Cerimonial e Comunica��o Integrada, bem como em Auditoria e Comunica��o Empresarial.